Quem são os catequistas mártires do Guiúa?

São 23 moçambicanos, homens, mulheres e crianças, que foram mortos quando se encontravam no Centro Catequético do Guiúa, na Diocese de Inhambane, para participarem num curso de formação de longa duração para famílias de catequistas.

Foi no dia 22 de Março de 1992 que foram mortos. Decorriam os últimos meses de uma guerra fratricida que devastava Moçambique. Esboçavam-se os primeiros sinais da vontade de reconciliação nacional. O país tentava emergir de um longo período de conflito, de trevas e provações. Confiante de que as conversações em curso em Roma para alcançar a paz iriam pôr fim à guerra, a diocese de Inhambane decidiu reabrir o Centro Catequético do Guiúa para a formação de famílias de catequistas.

Arlindo Leonardo era filho de Leonardo Joel e Maria Titosse

Nasceu em 1984, na aldeia de Nhaduga, Distrito de Jangamo. É um bebé ainda às costas da mãe, quando se dá o ataque ao Centro Catequético. Os seus pais e irmã foram encontrados já sem vida, trespassados por baioneta, no local do martírio, ao passo que o pequeno Arlindo muito ferido, ainda respirava e gemia quando foi encontrado, vindo a falecer a caminho do Hospital de Inhambane.