Quem são os catequistas mártires do Guiúa?

São 23 moçambicanos, homens, mulheres e crianças, que foram mortos quando se encontravam no Centro Catequético do Guiúa, na Diocese de Inhambane, para participarem num curso de formação de longa duração para famílias de catequistas.

Foi no dia 22 de Março de 1992 que foram mortos. Decorriam os últimos meses de uma guerra fratricida que devastava Moçambique. Esboçavam-se os primeiros sinais da vontade de reconciliação nacional. O país tentava emergir de um longo período de conflito, de trevas e provações. Confiante de que as conversações em curso em Roma para alcançar a paz iriam pôr fim à guerra, a diocese de Inhambane decidiu reabrir o Centro Catequético do Guiúa para a formação de famílias de catequistas.

Arnaldo Adolfo nasceu em Kofi, Massinga, a 3 de Abril de 1976

Filho de Adolfo Nombora e Luisa Mabalane Mafo. Foi baptizado um ano depois em Mangonha, antiga sede da missão de Massinga, sendo seu padrinho de baptismo o catequista Octávio Rafael.
Arnaldo cresceu numa família profundamente cristã, onde aprendeu dos pais a amar a Deus e a respeitar com o mesmo amor os seus semelhantes. Era um filho que tanto amava os seus pais. Na comunidade cristã integrava o grupo juvenil. Frequentou a 7ª Classe. Foi aluno exemplar. Distinguia-se na disciplina de Desenho.
Bom filho, acompanhou os pais na sua ida ao Centro Catequético do Guiúa, onde a morte o colheu aos 14 anos, ao lado da sua mãe, no dia 22 de Março de 1992.