Catarina Sambula é oriunda de Machuquele-Vilankulo, onde nasceu a 2 de Março de 1965, filha de Sambula Murrombe e de Wassinifa Pechisso Boane
Catarina recebeu de seus pais, pertencentes à Igreja Metodista, a primeira educação, o amor à Bíblia, à oração e o gosto pelo canto litúrgico. Frequentou a Escola Primária de Machuquele até à 4ª classe elementar. Em 1983, com 18 anos de idade, fez a admissão à Igreja católica e aos 22 casou com Armando Duzenta, na paróquia de São José de Mapinhane, no dia 26 de Julho de 1987. Teve dois filhos, Azarias, nascido em 1986, e Cândida, nascida em 1991.
Foi sempre muito activa na sua comunidade, tendo sido responsável pelo Grupo Juvenil, monitora dos grupos de Promoção da Mulher e responsável paroquial da Comissão de Leigos e Famílias. A sua coragem e a firmeza da sua fé são reconhecidas e testemunhadas. Em tempo de guerra nunca hesitou em avançar para cumprir tarefas pastorais, mesmo correndo perigo de vida. Foi escolhida pela comunidade de Vilanculos para frequentar o curso de formação de catequistas no Guiúa, juntamente com o seu marido. Quando chamaram pelo seu nome, respondeu com determinação, apesar do contexto de guerra e da constante ameaça de perigo e insegurança.
No dia do ataque ao Centro, o seu marido Armando consegue fugir com Azarias, o filho mais velho. Catarina, porém, é raptada. Fortemente agredida no trajecto, junto à casa das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria, é obrigada a abandonar no chão a sua filha Cândida, de apenas um ano de idade, que depois foi recolhida e entregue às irmãs religiosas. Morreu a golpes de baioneta no dia 22 de Março de 1992.