Carlos Makuanane nasceu em Mukamba, perto de Tome, no Distrito de Funhalouro, Paróquia de Nossa Senhora da Consolata
Filho de uma família camponesa, cedo aprendeu a cultivar a terra. Frequentou a Escola Primária até à 6ª Classe, obtendo bons resultados. Durante a década de 80, trabalhou na AGRICOM, organismo estatal ligado à comercialização agrícola. Da sua primeira união matrimonial teve três filhos (Susana, Belarmino e Ângela) que foram acolhidos por Fátima Valente quando contraiu matrimónio católico com ela, em 27 de Maio de 1989, e de quem nasceu Juvêncio, o quarto filho.
Carlos revelava qualidades de liderança que motivaram à sua escolha para responsável da Paróquia de Nossa Senhora da Consolata de Funhalouro, que se encontrava sem padre residente. Depois da independência, em 1975, a Paróquia perdeu a equipa missionária residente, passando a ser assistida pela paróquia da Massinga. Funhalouro é uma região pouco habitada e semi-árida que sofreu muito com a guerra. A Renamo tinha importantes bases no seu território. Grande parte da população refugiou-se na vila, em Massinga.
Para melhor se preparar para a responsabilidade de coordenador da Paróquia de Funhalouro, Carlos Makuanane frequentou em 1991 na Paróquia da Massinga, juntamente com a sua esposa, um curso de catequistas de 90 dias. A ida para o Centro Catequético do Guiúa surge no sentido de completar a sua formação. Na noite do assalto, no dia 22 de Março de 1992, é imediatamente morto a tiro à saída da sua casa.