Quem são os catequistas mártires do Guiúa?

São 23 moçambicanos, homens, mulheres e crianças, que foram mortos quando se encontravam no Centro Catequético do Guiúa, na Diocese de Inhambane, para participarem num curso de formação de longa duração para famílias de catequistas.

Foi no dia 22 de Março de 1992 que foram mortos. Decorriam os últimos meses de uma guerra fratricida que devastava Moçambique. Esboçavam-se os primeiros sinais da vontade de reconciliação nacional. O país tentava emergir de um longo período de conflito, de trevas e provações. Confiante de que as conversações em curso em Roma para alcançar a paz iriam pôr fim à guerra, a diocese de Inhambane decidiu reabrir o Centro Catequético do Guiúa para a formação de famílias de catequistas.

Isabel Foloco nasceu em Chicongussa, Morrumbene, em 1947

Filha de Foloco e de Lafitissa. Baptizada aos 10 anos, no dia 14 de Julho de 1957, na missão de Santa Maria de Mucodoene, foi criada com valores sólidos que enriqueceu à medida que ia conhecendo o Evangelho.
Aos 17 anos, em 6 de Dezembro de 1964, na igreja paroquial de Mocodoene, casou com Benedito e com ele teve cinco filhos. É reconhecido o seu exemplo de vida familiar, disponível para colaborar em todas as tarefas, quando solicitada. Foi morta à facada à frente dos seus filhos, que escaparam ao massacre no dia 22 de Março de 1992. A sua filha Esperança foi enviada pelos guerrilheiros a indicar aos padres o local do martírio.