Quem são os catequistas mártires do Guiúa?

São 23 moçambicanos, homens, mulheres e crianças, que foram mortos quando se encontravam no Centro Catequético do Guiúa, na Diocese de Inhambane, para participarem num curso de formação de longa duração para famílias de catequistas.

Foi no dia 22 de Março de 1992 que foram mortos. Decorriam os últimos meses de uma guerra fratricida que devastava Moçambique. Esboçavam-se os primeiros sinais da vontade de reconciliação nacional. O país tentava emergir de um longo período de conflito, de trevas e provações. Confiante de que as conversações em curso em Roma para alcançar a paz iriam pôr fim à guerra, a diocese de Inhambane decidiu reabrir o Centro Catequético do Guiúa para a formação de famílias de catequistas.

Leonardo Joel é natural de Nhaduga, distrito de Jangamo, onde nasceu em 1945

Leonardo era cozinheiro dos padres há muitos anos. Casado com Maria Titosse de quem teve três filhos, fez a entrada solene para o catecumenado na Paróquia de Santa Isabel do Guiúa, em 28 de Novembro de 1987 e estava a aguardar o sacramento do baptismo. Foi seu garante no caminho do catecumenado o senhor Afonso Maria da Graça, catequista de Nhaduga. Esperava receber o Baptismo na Páscoa de 1992.
Foi sequestrado no Centro Catequético com a sua família e morto a 22 de Março de 1992 junto com a sua esposa e os filhos Rita e Arlindo.