Quem são os catequistas mártires do Guiúa?

São 23 moçambicanos, homens, mulheres e crianças, que foram mortos quando se encontravam no Centro Catequético do Guiúa, na Diocese de Inhambane, para participarem num curso de formação de longa duração para famílias de catequistas.

Foi no dia 22 de Março de 1992 que foram mortos. Decorriam os últimos meses de uma guerra fratricida que devastava Moçambique. Esboçavam-se os primeiros sinais da vontade de reconciliação nacional. O país tentava emergir de um longo período de conflito, de trevas e provações. Confiante de que as conversações em curso em Roma para alcançar a paz iriam pôr fim à guerra, a diocese de Inhambane decidiu reabrir o Centro Catequético do Guiúa para a formação de famílias de catequistas.

Madalena Arone Nyakule nasceu no distrito de Jangamo-Inhambane em 1942

Mulher simples, boa e trabalhadora. Vivia sozinha. Recebeu a luz da Fé cristã já adulta. Fez a entrada solene no Catecumenado na Paróquia de Santa Isabel do Guiúa em 2 de Dezembro de 1990. Foi sua garante a senhora Glória Nguiliche Gove. Frequentava o Segundo Ano do Catecumenado.
Morava na aldeia vizinha do Guiúa e, temendo a violência da guerra, havia-se refugiado no Centro Catequético. Encontrava-se a dormir numa das barracas da catequese, junto à Igreja paroquial, quando eclodiu o ataque. Foi sequestrada com o grupo dos catequistas e seus familiares. Foi morta à baioneta no dia 22 de Março de 1992.