Quem são os catequistas mártires do Guiúa?

São 23 moçambicanos, homens, mulheres e crianças, que foram mortos quando se encontravam no Centro Catequético do Guiúa, na Diocese de Inhambane, para participarem num curso de formação de longa duração para famílias de catequistas.

Foi no dia 22 de Março de 1992 que foram mortos. Decorriam os últimos meses de uma guerra fratricida que devastava Moçambique. Esboçavam-se os primeiros sinais da vontade de reconciliação nacional. O país tentava emergir de um longo período de conflito, de trevas e provações. Confiante de que as conversações em curso em Roma para alcançar a paz iriam pôr fim à guerra, a diocese de Inhambane decidiu reabrir o Centro Catequético do Guiúa para a formação de famílias de catequistas.

Susana Carlos era filha da primeira união matrimonial de Carlos Mukuanane

Nasceu em Mukamba, Distrito de Funhalouro, no dia 7 de Agosto de 1979. Partiu para o Guiúa juntamente com o seu pai e a sua madrasta, Fátima Valente.
Aos 13 anos, comportava-se como verdadeira “mãe de casa”, ajudando os seus pais nos trabalhos do lar, na limpeza da casa e no cuidado dos irmãos mais pequenos. Esforçava-se por fazer bem as coisas. Sempre se mostrava alegre.
Na noite do ataque, foi raptada e forçada a caminhar noite dentro, até ao local onde os assassinos executaram em massa várias pessoas. Susana foi esfaqueada e acabou por perder a vida no dia 22 de Março de 1992.